AMAR, mais que amar!

É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.

Quem sou eu

Minha foto
É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

EDELWEISS, A FLOR ETERNA.

Na minha memória está viva a lembrança do filme “Noviça Rebelde, a história verídica da família de cantores Von Trapp da Áustria. Uma das músicas, da trilha sonora do filme é Edelweiss, nome de uma flor branca, em formato de estrela, encontrada entre os rochedos no alto das montanhas e Alpes da Suíça. É também encontrada na Áustria, Itália, entre outros. Edelweiss significa "branco precioso", propícia para se presentear alguém quando se deseja conquistar um amor eterno ou uma amizade eterna, pois é capaz de durar depois de seca mais 100 anos. É hoje é Patrimônio Tombado da Humanidade nos cinco países onde ela é encontrada, pois com sua magia de amor os apaixonados arriscavam-se subir os 1.700 metros de altitude para buscá-la para ofertar à sua amada e com isso ela quase foi extinta. Há sinais muito visíveis na criação de detalhes tão cheios de essência e sensibilidade como a flor eterna Edelweiss. Um dos mais significativos detalhes neste fato é de que a flor nasce entre os rochedos e dura por mais um século depois de colhida. Quanto tempo dura uma vida humana? Sessenta, oitenta, cem anos? Mas como passa rápido e como nos perdemos, infelizmente, em detalhes tão insignificantes como ter, ganhar, ser mais que os outros, odiar, nos vingarmos (temas que as novelas têm priorizado ultimamente) e o amor, onde fica o amor? Várias histórias de amor marcaram minha memória, desde a infância, verídicas ou não, como Love Story, Romeu e Julieta, Irmão Sol, Irmã Lua, mostrando que o amor humano de Clara e Francisco de Assis estavam ainda por se deparar com um amor muito maior e eterno e eles o reconheceram, mudaram suas vidas. Mas hoje, o que será amor? Onde andará o romantismo, as paixões eternas, duradouras, o sim pra vida toda? Estaremos nós, de outra geração, ultrapassados ou esta geração estará equivocada? É claro que não podemos generalizar, ainda há histórias de amor verdadeiro, há jovens que acreditam num amor reservado pra eles, mas vamos convir que a palavra amor está também muito desgastada. Não consigo vislumbrar um caminho duradouro que não seja por entre dificuldades, assim como a linda flor do amor Edelweiss nasce entre os rochedos, e está em lugares de difícil acesso, mas sua beleza supera a aparente fragilidade e elas resistem, tomam brilho, assim também quem hoje quer viver os valores genuínos que são capazes de fazer feliz haverão de ter persistência, paciência e acreditar num amor supremo, maior que nós que é capaz de tudo vencer. Resgatemos este sentimento tão maravilhoso que é o amor, nos lancemos à fraternidade tão esquecida em nossos dias. Que o amor nos aponte os caminhos mais altos, saídas iluminadas como encontraram a família Von Trapp, que sejamos capazes de acreditar numa saída nas dificuldades da vida, pois afinal temos também em nosso interior uma semente de flor eterna. Charpèry

domingo, 24 de fevereiro de 2013

TERRA AZUL

Há cinqüenta anos o mundo contemplava através da mídia um dos maiores feitos do homem, embora até hoje alguns ainda duvidem que o homem tenha mesmo ido ao espaço e muito menos que tenha pisado na lua. Alguns afirmam que Yuri Gagarin, olhando de lá, fez duas declarações: - a terra é azul e não vejo nenhum deus aqui em cima. Outros, que isso foi usado pelos comunistas para instigar que Deus não existe. De longe o mar parece azul, de perto, verde, por dentro, transparente. Danúbio azul, linda valsa alemã, rio da Europa. Nem tudo o que parece é assim. Diríamos que a terra parece mais agora vermelha pelos conflitos constantes que enfrenta pouco verde, pelas perdas das matas. Ainda assim, sonhamos com um mundo mais verde esperança para nosso futuro, e quem sabe, queiramos ver mais azul sonho para nossos jovens, nossas crianças, ao invés do luto, da dor, da morte prematura. Quem sabe, ao invés de curiosamente explorarmos a terra, e voarmos para longe dela, tenhamos que abaixar-nos, inclinando-nos, reverenciando-a e com mãos carinhosas a afaguemos. Quantos de nós precisamos ainda experimentar a terra roxa na palma das mãos, fértil, sentir-lhe a vida pulsando, os terrões plenos de vida escorregando pelos vãos dos dedos. Quem sabe precisemos atravessar uma plantação de trigo, sentindo em nossos rostos o balanço dourado, ao mesmo tempo em que ouvimos o canto do vento e sentir o apelo da ceifa a se realizar. Quem sabe, atravessar um campo de flores, sentir-lhes a diversidade de perfumes, num espetáculo mágico para os olhos, que nos fará nos ajoelharmos e agradecer pelo dom de enxergar. Quem sabe mergulhar mais cotidianamente nos rios de águas doces, sob as cachoeiras ternas que nos massageiam o corpo cansado da árdua batalha. É certo que temos que ver ainda muito pôr-do-sol, contar ainda muitas estrelas, em noites sertanejas escandalosamente iluminadas. É tempo de fazer renascer muito sorriso em rosto de criança, alimentar muita alma descrente. Há muita vida a salvar, há muita fé a plantar, há muito por fazer pela terra, pelo nosso lugar. O tempo é agora, é hoje! Charpèry

TEMPOS DE TERNURA

Há tempos em nossa vida, que por mais que nos esforcemos para ser racionais, parece que a emoção toma inteiramente nosso interior e ficamos fervilhantes, prontos a transbordar. Nem sempre nessas horas temos o vento leve e insistente soprando a nosso favor, nem o abraço amigo ou familiar para nos apoiar. Parece, ao contrário, que ao invés de pétalas de flores, o céu chove pedras, pontiagudas, que ferem, nos levam a revidar, nos atingem em cheio e nos maltratam o corpo e a alma. Quem sabe, não está na hora de dar um passo além, desvestir os velhos trajes de rebeldia, de críticos ferrenhos e começar a construir algo novo com as pedras que recolhemos. Está na hora de cimentá-las, fazer a leitura do seu significado, quem sabe enxertar terra boa, fértil no meio delas e plantar flores, ervas perfumadas. É tempo de exalarmos uma nova fragrância a este mundo; tempo de lançar um perfume suave, reconfortante, que ao invés de ocultar os maus odores, consiga desenraizar sentimentos duros e fazer brotar flores de esperança, de amor, talvez flores com nomes de abraços, diálogo, verdade, ternura. E que lindo arranjo os jardineiros que como nós, lutam contra a correnteza poderão fazer. Então, o verão causticante terá passado as folhas secas do outono reverdescerão e será enfim uma interminável Primavera! Charpèry

TEMPO DE ESPERA.

“ Após um tempo de pausa, volto a partilhar com voces as reflexões que a própria vida me traz” Diz uma música muito linda: Há de ter um lugar onde o tempo há de parar...ah, o tempo, parece por vezes correr desenfreada mente, numa velocidade tal que não conseguimos acompanhá-lo. Mal acaba um dia e lá vem outro, vai-se uma estação e já outra. Se faz. Mas por vezes o tempo parece arrastar-se eternamente, curiosamente, e passa dia e vem dia e o mês não acaba. Parece uma multiplicação desordenada de dias elevados ao quadrado, ao cubo, uma matemática sem fim. Quando esperamos algo que muito nos interessa, com o qual sonhamos, a ansiedade nos toma. “Mas é claro que o sol vai voltar amanhã”, diz outra canção e o dia da festa esperada vai enfim nos brindar com sua luz e as dificuldades acumuladas durante o penoso tempo hão de se resolver, desfazer-se.É preciso aprender a esperar e toda espera é fundamentada na paciência, virtude preciosa que todos nós temos que aprender um dia a exercitar. Murmurar, lastimar-se, agir com revolta; de nada adianta quando a espera faz-se necessária. É o caminho longo que nos leva a amadurecer, a criar novos hábitos, a construir novos projetos, a refletir de modo produtivo sobre nossa vida, avaliar nosso agir essencial, o que andamos pensando, como estamos cuidando de nossa estrutura física, como temos alimentado nossa alma.Temos amado? Que diferença temos causado neste mundo no qual vivemos temporariamente... E, de repente, a dor se vai, o sorriso se abre, parece que nem houve espera pra tanta felicidade. Com certeza esta realização pra nós terá muito mais valor, sabor porque será como o fruto maduro no tempo certo, da forma certa, proveniente da árvore na qual está integrado, das raízes que lhe dão profundidade, da copa exterior da árvore, da seiva que traz a verdadeira vida e, portanto a verdadeira felicidade. Charpéry.

PERDAS NECESSÁRIAS

Olhando o passado, os acontecimentos, erros, falhas que cometemos, quantas vezes temos a nítida impressão de que podemos, de alguma forma, voltar e corrigir tantas coisas em nossa postura, nosso temperamento, fazer voltar pessoas , situações , oportunidades que já se foram, leite já derramado como diz a sabedoria popular. Por outras vezes nos olhamos no espelho e sentimos saudades de nós, dos tempos de juventude, da nossa elegância, beleza, da nossa força, do nosso vigor. Parece que não somos mais os mesmos. Trazendo um pouco da sabedoria japonesa pra nossa conversa, há um provérbio japonês que diz que pouco se aprende com a vitória, mas muito se aprende com a derrota. Os japoneses ao grafarem os símbolos que representam sua escrita, só o fazem uma vez, não voltam a grafar por cima de um símbolo que possa ter ficado falho, porque eles dizem que estes símbolos são como a vida; uma vez traçada, ganha ali sua identificação e não há a necessidade de retoques. É claro que aprendemos muito com nossos erros, podemos recomeçar, mas o passado já se foi, podemos fazer diferente, mas nunca ficar nos lastimando pelo que não fomos ou deixamos de fazer, pelo modo como nos comportamos, educamos nossos filhos, pelos nossos olhos fechados por ignorância a tantas oportunidades de realizações, pelas perdas. Uma vez que refletimos e constamos os erros, podemos sim nos arrepender, nos retratar, mas não viver no passado, acabrunhados, cheios de culpa, desprezando nossa vida presente. O reflexo de nossa maturidade há de ser sim uma atitude consciente de ir em frente, assumir novos valores, integrar novos paradigmas aprendidos muitas vezes na dor. Assumir o presente, nossa fisionomia, nossa família, aquilo que nos foi possível construir, o que Deus nos ajudou a construir, as retomadas que fizemos, os novos caminhos encontrados, novas pessoas que entraram em nossas vidas, este é o caminho a seguir, viver plenamente o hoje e construir o futuro e descobrir a melhor maneira de seguir em frente. Se já não temos conosco todas as pessoas que gostaríamos, se não somos mais os mesmos, não conseguimos realizar nossos sonhos mais preciosos, saibamos que as perdas são sim necessárias.Somos o que deu pra ser e podemos com certeza ainda realizar muitos projetos, ajudar nossos filhos a ser melhores, dar nossa contribuição para que o mundo seja melhor. Charpery

SER E ESTAR FELIZ

A vida é sempre uma surpresa, momentos decisivos, caminhos traçados, correria do dia a dia. Estar feliz nos acontece quando anoitece e clareia o dia, quando se está com quem ama, quando no improviso nos vem uma idéia. Ser feliz é mais que isso, é assumir de verdade a vida, é persistir ainda que em meio à dura lida, é acordar e ver nuvens, mas acreditar que o sol vai brilhar. Ser feliz não é um estado é uma conquista, mesmo quando em alto mar a vela escapa, tomba o barco e a gente tem que remar. Vem a correnteza e é preciso ressuscitar. O corpo enverga como a planta nova, retorna e segue, prossegue e chega ao destino. Ser feliz não depende dos fatos, depende sim de atos de vitória, de glória conquistada, de reflexão, retomada. Angustia-me perceber que entre os passantes, tão próximos a mim, pessoas há que em nada crêem, que vivem perdidos. Há tanto ainda a fazer, é urgente mais que fazer ser, mais que ficar amar, mais que estar se apossar da vida, da fé, da coragem de viver. Emociona-me ver que pessoas na flor da juventude já têm muito que dizer que vêm em meio à noite escura os refletores do saber, a luz que incendeia os ânimos, que traz de novo à vida, o sol que os faz renascer. Ser ou estar feliz, depende de mim e de você, de descobrirmos o sentido da vida, do autoconhecimento, mergulhar fundo em nós mesmos e trazermos novos rebentos, de dentro, descobrir os caminhos das pedras, não rústicas, pois já as estaremos vencendo, mas das pedras preciosas que nos levam a compreender e viver a vida, única saída pra SER feliz! Charpèry

PAI E FILHOS.

Nossos filhos, sobrinhos e netos crescem, traçam seus próprios caminhos e, muitas vezes não seguem o que projetamos pra eles. Criar filhos, dizem pais e mães convictos, não se nasce sabendo, aprende-se com erros e acertos. Quando eles eram pequenos, lhes colocávamos a mamadeira na boca, com o açúcar que nos convinha, visto que eles não nos falavam quantos torrões de açúcar lhes agradavam. Muitas vezes faziam cara feia ante uma comida mais substancial, mas acabavam empapados de vitaminas que lhes forçávamos a comer. Mães, pais, tios, avós, irmãos mais velhos, babás, quantos de nós achávamos estar fazendo o melhor para eles. A nossa verdade quanto à direção que deveriam tomar devia ser ouvida, aceita e cumprida como a última palavra. Mas, de criança fizeram-se adolescentes, do Ensino Fundamental para o Médio, faculdade, namoro, morar sozinhos, escolher suas próprias roupas; como eles dizem viver a própria vida sem interferências. Assim como nós, em nossa própria etapa de juventude, eles querem ser felizes, viver a vida de coração aberto, não temem nada, mas nós continuamos enquanto estão debaixo de nosso teto a controlá-los no bom sentido, monitorá-los, orientá-los, interferir em suas opiniões e escolhas. A verdade é que vamos aprendendo com a vida a lidar com a modernidade de nossos queridos, as influências eletrônicas, os avanços e nossos pensamentos a respeito da vida podem lhes parecer retrô demais, como eram os de nossos pais, tios, avós para nós, na nossa época. Também nós fomos aventureiros. Eu, por ex: não pestanejava em navegar num barquinho na baía da Guanabara se fosse possível, viajava toda semana a trabalho pra vários lugares diferentes, nada temia, aventurei-me em táxi aéreo pra Rondônia, atravessei ponte pênsil sob cataratas dez dias antes de um acidente fatal ceifar a vida de muitas pessoas; afinal isso pra mim era viver a vida e eu não temia nada. Agia muitas vezes por intuição e estava muitas vezes desprotegida. Mas sempre tive comigo os valores aprendidos por meus pais e a fé que me ensinaram, o respeito ao próximo. Sobrevivi. Mas uma coisa é certa, a formação que damos a nossos filhos é tudo o que vai nortear suas decisões no momento em que não estivermos com eles, num momento de necessidade, a formação de valores, de fé, de sobrevivência, de consciência a respeito de si mesmos, dos outros, da vida. Nem sempre poderemos estar com eles em situações de perigos e, sempre os esperaremos acordados, enquanto estiverem no mesmo teto que nós, e, é preciso que nos conscientizemos que nem mesmo “ as coleirinhas eletrônicas” serão suficientes para salvá-los; celulares tocarão, ou estarão desligados, a maior segurança que poderemos ter é e de lhes ter indicado o caminho certo, lhes ter alertado para decisões conscientes a respeito de escolhas e a esperança de que eles aprenderão com a vida assim como nós, estarão vulneráveis como nós, e voltarão mais cedo ou mais tarde a colocar-se nos trilhos que os levarão à felicidade. Amor, diálogo, exemplo e oração ainda são as maiores armas que temos para proteger os nossos filhos.O resto é com Deus. Charpéry

ongs