Descobrir talentos é a nova cartada dos meios de comunicação, após uma sucessão de realities shows, copiados da mídia internacional terem caído na rotina. A clientela quer novidade, embora os destituídos de senso crítico ainda se embasbaquem com as opções de convívio sexual expostamente convidativo.
E nós pensamos: Puxa, e aquele meu talento esquecido? Ah, agora não, não dá pra viver de música, nem tampouco de teatro; dança então, só no clube da terceira idade como hobby. Preciso é ganhar dinheiro, trabalhar em áreas que, embora não sendo de acordo com o meu potencial, me dão o sustento, suportar a questionável segurança de ser funcionário público, a efetividade que me garanta, a mim e minha família o sustento mínimo para o dia a dia.
Após conflitos e reflexões de como eu podia viver fazendo o que gosto e atuando em áreas concernentes a meu potencial me aconselharam: Continue trabalhando no seu emprego efetivo, pois você precisa do sustento e nas horas vagas dedique-se a seu talento.
O fato é: Quem de nós trabalhando oito horas seguidas, principalmente nós mulheres, dupla jornada que temos a cumprir, conseguiremos dar conta de nossos compromissos básicos pessoais e ainda arrumar tempo para cultivar o talento?
A comemoração do bicentenário do nascimento de Chopin, um dos maiores gênios da música clássica, me alertou para a cadência musical necessária para o que o pianista execute a peça ininterruptamente. Enquanto a mão direita faz o solo, e, portanto exibe-se no dedilhado, desenhando cada detalhe da melodia, lá continua a mão esquerda, fazendo a base, sustento para que a outra se destaque, cumprindo com simplicidade, mas muito zelo e competência seu papel, nos acordes perfeitos, dando “suporte” para que a direita esteja em destaque e, sustentando por mais tempo o som, enquanto a direita levanta-se, garbosamente. Uma cadência sensacional que, trazida pra vida nos traz os valores de um e outro ponto em nossa reflexão sobre os talentos. Está aí, fazer acontecer o equilíbrio, a cadência da vida, a disposição de atuar nas folgas, nos momentos precisos e realizar nossos sonhos mais caros.
É importante enfatizar que não se trata de aceitar comodamente uma situação e deixar de ir à busca do novo, de nosso verdadeiro potencial, diria até de nossa vocação; mas para melhor lidarmos com o possível, já que nossos sonhos foram sublimados por um tempo, devido ao real da vida e agora estamos como que renascendo para nossos valores mais preciosos, tiremos do baú nossos talentos, e se não dá para publicar uma obra de centenárias páginas, produzamos fragmentos não menos valorosos e louváveis e os publiquemos no dia a dia, se não é possível gravar um cd, coloquemos nossas músicas em um festival regional que seja, usemos nossos talentos em prol da comunidade menos favorecida, tocando num lar de idosos, quem sabe, externando nossa gratidão ao Criador que nos prestigiou com estes dons e os usemos preferencialmente não como carreira solo, para nosso destaque, mas como suporte para fazer o bem, no intuito de elevar a estima dos que se encontram abatidos, na intenção de criar a verdadeira corrente do bem que é ajudar muitos a descobrirem seus potenciais esquecidos, até muitos aposentados a se “desaposentarem” e atuarem como cooperadores para um novo mundo, uma nova opção capaz de gerar felicidade, bem estar, coerência política, saúde, VIDA! Ah! Quanta coisa a se fazer, criar, fazer acontecer o mistério da multiplicação dos nossos talentos, gerando em outros o gosto de descobrirem o próprio talento. Quanto bem ainda por fazer, quantos rostos ainda por alegrar, quantos corações doloridos ainda por curar, quantas enfermidades ainda por vencer. Façamos nossa parte em prol de um novo mundo, mais justo, mais culto, mais feliz, mais humano!
AMAR, mais que amar!
É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.
Quem sou eu
- Charpèry
- É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.
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