AMAR, mais que amar!

É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.

Quem sou eu

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É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.

terça-feira, 3 de maio de 2011

NOSSAS RAÍZES

Abrindo a janela de minha pequena e querida casa, próximo à serra da Mantiqueira tenho uma visão linda, de apurado gosto pra minha alegria de filha de mineiro, interiorana, queluzense, apegada às raízes da terrinha. Na serra, Deus, com sua delicadeza de criador, desenhou um índio menino, contorno perfeito que me abrasa ainda mais o peito de amor pela história.. Meu pai sempre nos disse que sua avó era índia, pega a laço, por isso, o seu tom de pele de uma cor bem firme e os cabelos negros e lisos, características que nós, suas filhas herdamos com a graça de Deus, embora herdássemos também os traços da avó materna de minha mãe, esta, portuguesa, vinda num porão de navio e aqui conheceu o marido também português, aqui se casou, constituiu família.

Minha família é, portanto a família tipicamente misturada, duas raças e mais algumas, pois tanto na família de meu pai, como de minha mãe, como de todo brasileiro o índio e o português misturaram-se ainda mais.

Olhando para a história de nosso Brasil, sentimos amor e pena, dor e alegria. Lembrando-me da história que oculta a realidade dos índios massacrados, covardemente excluídos, dilacerados mesmo, sinto-me triste. Mas nós, ainda que não assumamos todos, brasileiros que somos fazemos prosperar as raízes de várias raças que se misturaram ao nosso sangue, aos nossos sonhos, às nossas convicções e certezas, mesmo às nossas dúvidas.

Certa vez, num congresso com pessoas de outros países, uma portuguesa sentou-se à mesa em que eu estava e disse, num tom provocativo que nós brasileiros não temos identidade porque abrimos as portas de nosso país pra todo tipo de pessoas, de outros países. Julgo que se ela me conhecesse antes, ela nem sequer mencionaria tal acusação, pois que me viu enfurecida num instante e eu disse-lhe que nós tínhamos raízes sim, que não foram respeitadas por seus conterrâneos, que em busca de outros interesses praticamente intrometeram-se em nosso país, tirando todo proveito.

Isso foi já há algum tempo. Mesmo a família de minha mãe sendo de origem portuguesa, não deixei de dar-lhe a resposta. Hoje, penso que o desafio para nós brasileiros, foi mesmo muito maior, e que ainda assim, sendo de uma diversidade esplêndida de raças, estamos aprendendo a construir nossa própria história, onde com certeza não cabe discriminação de cor, raça, cultura, credo.

Neste mês de abril, as datas comemorativas nos remetem às nossas origens e nos fazem refletir em nosso compromisso com nossa identidade, nossas raízes, nossa cultura.

Usemos nosso potencial em prol desta luta de conquista, pois descobrir é muito mais que apossar-se, é responsabilizar-se, ajudar a construir, gerar progresso e vida!

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