AMAR, mais que amar!

É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.

Quem sou eu

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É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NÃO POR ACASO QUELUZENSE.

O mundo corre com dias marcantes, mas na maioria no cotidiano é que somos marcados quer seja por sentimentos e situações de conflito, quer por relações diárias com a família.
Num dia destes, dia comum, ouvindo Skank, banda mineira, de sucesso desde 90, eu que nasci no meio da divisa dos três estados: São Paulo, Rio, Minas Gerais penso: Como a vida tem seus propósitos e tudo parece desenhado e escrito com objetivo certo e propósito determinado...
Meu pai, era orgulhoso pela cidade de Varginha onde nasceu, mas não cresceu lá, veio logo para a fronteira e acabou caindo mesmo no Estado de São Paulo.
Queluz é o nome da cidade de nascimento de minha mãe e de nós suas três filhas que igualmente nos orgulhamos da querida cidade, de onde costumamos dizer que quem bebe da água de lá, volta com certeza.É assim, que para comprovar a veracidade deste ditado queluzense conheci uma senhora, , minha vizinha na época em que eu era criança, frente à casa onde até hoje moro, que por força de buscar oportunidades para os seus 9 filhos que iam ficando moços, mudou-se para São José dos Campos, mas sempre que podia retornavam a Queluz, principalmente em dias de festa do padroeiro São João Batista, tão tradicional até hoje, que um queluzense é capaz de chorar todas as noites, se, trabalhando e morando fora, não conseguir partilhar desta data em Queluz.
Assim aconteceu com ela. Com o tempo, os filhos mais moços, trabalhando em fábricas, e menos oportunidades de ir a Queluz. Mais tempo e a doença do marido, os filhos casando e se desinteressando pelas raízes que tanto ela prezava.
Até que um dia, passados já vinte anos de sua ida para São José dos Campos, recebeu convite para casamento de uma parenta sua em Engenheiro Passos, Estado do Rio fonteira com Queluz. Qual não foi a surpresa dos amigos quando na cidade correu o boato de que ela passara mal na viagem e o ônibus parara em Queluz, para socorrê-la, onde ela, ao abrir os olhos, por um instante e agradecer a Deus pelo presente, de ali estar, morreu ali mesmo, na terra Natal, e os familiares avisados e surpresos decidiram ali mesmo sepultá-la.
Pode parecer triste esta história, mas lembrei-me dela num relance em que buscava homenagear minha cidade natal pelo seu aniversário em 3 de março.
Percebo que os lugares em nossas vidas são nossos à medida em que enterramos ali nossos entes mais queridos, como diz o meu escritor predileto em “ Cem anos de solidão”.
Em Queluz estão adormecidos meu irmão, minha mãe, meu pai, avós, tios, primos, mas em Queluz está também meus princípios mais valorosos, minhas lembranças mais puras desde minha infância, minha adolescência, as lembranças de um primeiro encontro com o sagrado em minha vida, as participações na Comunidade nos setores Cultural, espiritual, a saudade das perdas de meus melhores amigos, de meus amores, o encontro com meus amigos mais queridos, que até hoje guardo e cultivo.
A lembrança dos campos de flores, das águas mais límpidas de corredeiras, onde mergulhava infantilmente, os rios onde minha mãe lavava roupas, na falta de água em casa, as fritadas de camarões de água doce na casa da D. Nica, a mina d água do sítio da D. Ana, os tempos de reuniões de jovens, quando íamos arrebanhando a cada um em casa , na ida até a igreja, e na volta, fazíamos continência a cada um que ia ficando em casa, em despedida, até eu e minhas irmãs, as tres marias como éramos carinhosamente chamadas pela comunidade chegarmos em casa, (a última casa era a nossa), lá no pé da serra, próximo à Mantiqueira, com vista para os contornos do índio vuitir menino, há poucos quilômetros da linda marambaia, hoje Pousada da Marambaia, mais perto ainda da majestosa fazenda da Bela Aurora que exibe até hoje sua imponente entrada de ipês amarelos, porteira ladeada de flores, uma festa na primavera, que parece ficar o ano todo, porque minha lembrança de lá é só esta, sem invernos, sem o outono das folhas secas, só flores, como se a vida simples e despojada fosse uma eterna festa.
Todo este cenário foi testemunha dos dias mais felizes de meu pai, quando desde as 5 da manhã, já se levantara, fizera nosso café e chamara uma de nós suas filhas pra caminhar com ele, religiosamente era a rotina cumprida por ele, passos apressados, firmes, trocar o ar dos pulmões, abraçar a última árvore pelo caminho e prometer-lhe que no dia seguinte ali chegaria, fiel, cuidando de sua saúde, feliz por aquele ambiente natural que a natureza lhe proporcionava.
A dois passos do paraíso, podemos dizer, é onde moramos, a quinhentos metros da fazenda São José onde há ainda hoje um relógio do sol, de onde, mesmo fechada, posso como que ouvir ainda os acordes de algum ser ao piano de calda, que eu, por privilégio pude ernsaiar alguns acordes, no meus tempos de aulas de música, onde PE. Adilerson nos enchia os olhos e aguçava nossos ouvidos com suas mãos precisas, numa peça bem executada.
Não posso deixar de lembrar do por-de-sol que nos cintila os olhos ao caminharmos para a Figueira, direção à Casa de Maria, no alto do Morro da Canção Nova.O Paraíba então parece cingir-se de novo de vermelho sangue semelhante à época da Revolução Constitucionalista, a ponte sobre o Rio então se desenha com mais contornos, ergue-se como autoridade em história e imponência.
Uma das cidades históricas do Vale do Paraíba, pra mim, a mais bela.
Já estive muito longe dela, por questões de trabalho. Agora, em Guaratinguetá, muito mais perto com o coração aliviado, em cidade de “Santos Antonios”, que já conquistaram lugar em minha vida, mas meu coração bate mais acentuadamente pela terra de São João.
Amanhã é fim de semana e eu feliz da vida, embarco pra lá minha terra querida!!.

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