Tempo, meteorologia e estações interligadas refletem a atual cronologia desenfreada perante os distúrbios ambientais de nossos dias.
Misturar as estações, há séculos atrás significaria no mínimo, sintonizar uma rádio, conservando os ruídos de outra, ou uma intromissão verbal de um terceiro indivíduo entre dois interlocutores, uma frase solta numa conversa que já vinha de há muito,“ pegando o bonde andando” como costumamos dizer amineiradamente.
Hoje, misturar estações é literalmente o inverno no verão, outono na primavera. Os tempos são outros e se antes tínhamos seguramente chuvas no mês de março, hoje elas podem começar assim do nada, sem sintomas de céu cinzento nem nada, e terminar como surgiram coroadas de sol e quentura.
Como o tempo. Clima, estações, o mundo dos sentimentos, conflitos, da política estão cada vez mais ecléticos, misturados, um emaranhado de amor e ódio, confiança e irritabilidade, corrupção ativa e inércia em relação aos reais direitos à vida, à ética, moral. Os bons costumes já não são assíduos, os valores estão totalmente invertidos, o espaço social se resume a um quarto íntimo, um computador, com indivíduos coletivamente solitários que se gabam de ter milhares de pessoas conectadas a si mesmas no Orkut e MSN e outros milhões de seguidores no twiter.
As relações interpessoais, porém estão esquecidas, engavetadas e tentativas de convivência familiar muitas vezes resultam em situações conflitantes.
Como sobreviver em meio a tudo isso? Como preservar sentimentos antes tão genuínos e valorosos, provenientes de uma formação tradicional recebida de nossos pais?
Não dá pra refazer os pomares de nossa casa que já foram eximidos por nossas construções sofisticadas, não conseguiremos recuperar de todo os valores perdidos e nossas verdades ditas aos amigos pessoalmente, coisa rara em nossos dias.
Contudo ainda dá pra manter a dignidade, os sentimentos de solidariedade e mostrar com nosso agir de gente de meia idade ao protagonismo jovem que ainda vale preservar a afeição, a cultura e a educação.
Charpèry
AMAR, mais que amar!
É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.
Quem sou eu
- Charpèry
- É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.
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