AMAR, mais que amar!

É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.

Quem sou eu

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É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PRECARIEDADE DA VIDA

PRECARIEDADE DA VIDA!
A vida é como as estações do ano, cada dia é diferente, dentro de um tempo, que parece arrastar-se, cada dia é um dia, cada hora é singular, cada dia é único, cada momento, minuto, segundo, é totalmente particular. Num piscar de olhos as coisas mudam de lugar, de situação, pessoas vão e vêm num ritmo desenfreado, automóveis deslocam-se numa pista liberada, pessoas se vão, assim num estalar de dedos, plantas nascem, remexendo a terra e múltiplos seres, até invisíveis aos nossos olhos rastreiam a terra, o ar.E tudo muda.
Do inverno surge a Primavera, o sol surge, a neve vai, o dia vem e a noite se faz em outros cantos que nem supomos existir e novamente é rendida pelo dia. Cai a noite; e o dia, em submissão perfeita, silencia... e a escuridão se faz.
A cada dia um novo tempo, os dias não se repetem. Pra quem vive intensamente nada é exaustivo ou monótono.
Os dias correm e com eles nossos planos atrasam-se, nossos sonhos envelhecem, envelhecemos nós, nossos filhos fazem-se adultos e nos deparamos de repente com a festa de quinze anos de uma filha, o primeiro namoro de outro, a faculdade, quem sabe até o nascimento do neto primogênito. Ah! Como corre o tempo e nós vamos mudando, sublimando paixões, vivendo mais o tempo da quietude, inquietos, porém, se já realizamos isso, se ainda falta aquilo.
Diz a sabedoria que o homem pra ser feliz tem que escrever um livro, plantar uma árvore, conceber um filho. Muitos de nós, preocupados com isso a esta altura da vida, nos perguntamos, cadê o meu filho, a árvore, o livro que ainda não publiquei?
Alguns entram em depressão ao olhar para o passado, outros têm saudade de si mesmos na mocidade e paralisam-se, incapazes de abrir-se à maturidade tão necessária à consolidação da vida.
É bem verdade que nos vemos, na maturidade ainda muito frágeis, apegados a emoções pendentes de outros tempos, suplicantes muitas vezes da atenção que não tivemos, ao longo do processo, mas tudo faz parte da maturação.
Não é fácil amadurecer. A obrigatoriedade do bom censo, da sabedoria, de atitudes, solidez, estar nos trilhos do nosso crescimento nos são cobrados.
Somos vistos como formadores, não mais formandos, como adultos, resistentes. Mas amadurecer não é sinônimo de impermeabilidade. Somos ao mesmo tempo em que mais fortes e decididos, muitas vezes confusos, ansiosos, cada um de nós tem seu tempo, seu momento para amadurecer e vencer certos pontos.
O fato é que amadurecemos em certos aspectos, mas a vida é feita também de estações. Há tempos em que estamos fragilizados fisicamente, enquanto nosso emocional resiste em outros, nosso emocional nos causa problemas, enquanto nosso físico agüenta firme.
Somos, na verdade um pouco de inverno, prenúncio de primavera, quando tomados por sentimentos essenciais de vida plena, que nos tomam e nos fazem de novo reverdecer. Somos também um pouco de outono quando uma réstia de luz se faz em nosso caminho e subimos e descemos semelhantes a crianças irrequietas num pomar, sem saber que fruta escolher, em meio às cores, sabores, da dor, do amor, da alegria incontida. E quando tudo se aquece ao nosso redor, seja pela paixão que ainda persiste, pela dor que resiste, ou pelos sonhos que corremos a realizar nos deixando de repente mergulhar num mar de opções urgentes, somos o verão quente, com desassossego permanente, pra de repente prenunciarmos de novo o inverno cálido, frágil...De novo quietude, aconchego, tremor das mãos, medo e dor.
Assim somos nós, seres humanos, flor do campo, como diz a Bíblia, que hoje resiste viva e linda, e amanhã fenece ao menor sinal de vento, calor e chuva.
Impetuosos e tímidos amadurecemos incrivelmente devagar e temos que concordar que a vida é isso, não o que projetamos, mas ela segue seu curso, para nosso bem.E assim como o inverno é prenúncio de Primavera, esta vida terrena , frágil é com certeza prenúncio de uma nova estação, de uma nova vida que nos foi prometida.

Charpèry

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