Com receio de me esquecer, coloquei próximo ao teclado de meu computador o seguinte lembrete: Comprar uma lupa.
Preciso comprar uma luta pra enxergar melhor as escritas ludibriantes dos remédios que curam alguns males, mas desencadeiam outros incuráveis.
Preciso de uma lupa para espreitar pelos caminhos do dia a dia, obscuros muitas vezes, tirar as teias tão inocentemente perigosas que teimam em instalar-se em meu temperamento prontas a arruinar qualquer humor.
Uma lupa que me amplie a mente com referência à compreensão das dores que teimam em me acompanhar, das dificuldades que se apresentam no dia a dia para que possa superá-las.
A necessidade de uma lupa que faça com que eu me enxergue melhor em meu ser interior, que perscrute meus sentimentos mais íntimos e os desvende com serenidade.
Rever numa segunda instância, através da lupa, as verdadeiras motivações que me fizeram prosseguir meu caminho, os frutos colhidos, os ainda por amadurecer.
Perceber, com a ajuda deste objeto as verdadeiras amizades, os sorrisos sinceros, as críticas impulsionantes, as relações vitalizantes.
Uma lupa que me ajude recuperar a sensibilidade e subjetividade já tão escassa neste mundo, que me traga cognição dos valores mais puros, de como preservá-los, guardá-los, fazê-los multiplicar.
Preciso de uma lupa urgente, porque aí vem a Primavera, minha estação preferida e é preciso olhar com olhos bem apurados os brotos que vão surgindo como se fossem nada, ouvir o barulho eficiente das vozes das sementes, do murmúrio da terra, da conversa das águas que se embrenham generosamente pelo seu interior e as instigam a dar à luz ao verde.
Conto com uma lupa que me faça perceber as lágrimas, capaz de fazer um close suave em rostos que ainda se transfiguram, ainda brilham ao perceber o novo, que se emocionam com o outro, e ver que ainda há sentimentos ternos, doces e genuínos, que ainda há pessoas solidárias, que ainda há amor, misericórdia.
Acabo de ter uma idéia: ao invés de uma lupa, quem sabe um novo olhar, olhar com o coração!
Charpèry
AMAR, mais que amar!
É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.
Quem sou eu
- Charpèry
- É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.
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