Preciso de um coração incendiado pra homenagear meu Brasil.
Busco uma centelha do fogo, desde os primórdios, resguardado pela raça humana, para reacender o coração de meu povo, pois o fogo é capaz de apurar um coração, retirando dele as mágoas da injustiça, as dores da terra sofrida e descuidada, os gritos dos inocentes sem terra, colhidos na covardia.
Preciso de um coração pacificado, que compreenda os novos caminhos da modernidade e mesmo assim mantenha o ardor do povo simples pelo berço mais humilde e o respeite e o admire.
Preciso de um coração corajoso que denuncie a ganância ilustre e proteja os pequeninos que perecem por falta de pão.
Preciso de um coração viajador que perscrute a vida que ainda resta no seio da floresta dos sentimentos e instigue e preserve a vida, que reavive a esperança dos subjugados numa sociedade que discrimina e julga os desprovidos de bens, como se a sorte lhes tivesse virado as costas.
Preciso de um coração resgatador, que seja generoso, repleto de misericórdia e amor, capaz de arrancar do seio de nossa pátria mais querida, um grito ainda preso que precisa vir à vida: “Já raiou a liberdade!”.
Charpèry
Quem sou eu
- Charpèry
- É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.
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