Fragmentos de ARTE

“ Creia, o amor vai chegar leve como a chuva fina de inverno; colorir tudo, florir a terra, brotar sementes, fazer-se Primavera. E então o amor será pleno” Junho, dias de chuva leve e fria que nos penetra os ossos, lareira pra aquecer, cobertor, aquecedor, amor. Ah, o amor é bom porque aquece o coração, a gente fica mais disposto, traz sempre um sorriso no rosto, tem energia de sobra pra vida. O amor é como o sol lá fora nos convidando à vida, à entrega ,à felicidade. Mas há aqueles dias de inverno, quando tudo some, o sol foge, a névoa branca cai, voce sabe que não vai abrir o tempo, o céu como que desaparece e sente-se perdido , sufocado, sem ar. Então é hora de reacender a lareira, aquecer-se mais, juntar-se à família para se esquentar com palavras de consolo. É assim com o amor, é preciso reaprender a amar, reacender o amor, buscar aconchego, viver o amor em sua plenitude pois o amor carnal só não nos basta: somos feitos carne, emoção, espírito. Eu diria que o mês de junho, todo ele é dedicado ao amor. Tempo de amar, de abraçar, de cuidar, deixar-se amar, de recomeçar. É nos momentos de intenso inverno no amor, de frio gélido, perante a dor da perda, da traição, da incompreensão, é sim a hora da prova, mas é neste exato tempo que o ser humano precisa sair do comodismo e começar a trilhar o caminho da maturidade afetiva, da solidificação do sentimento que tem um pelo outro, é a hora da reconquista, acreditar que é possível vencer este desafio juntos. É pena que alguns que dizem amar acabam por tornar-se manchetes na mídia justamente por escolher desistir do amor: traição, violência morte, destruição do amor e do ser amado. Lute pelo amor, pelo seu amor, por amar indistintamente, fraternalmente, pois o mundo está carente de amor e talvez seus olhos apaixonados pousados sobre outros olhares infelizes, deprimidos, possa lhes servir de luz, possa gerar vida, ressurreição. Lute por suas escolhas, respeite as escolhas dos outros em nome do amor; Um brinde aos apaixonados, aos felizes, um brinde a nós, ao amor! Charpèry