TEMPO DE SUPERAÇÃO
A modernidade dita normas que nós, seres humanos que somos e, portanto essencialmente frágeis, não damos conta muitas vezes de cumprir. As exigências nos parecem tão distantes de nossas capacidades, que muitas vezes sentimos vontade de desistir, abandonar o barco, até mesmo em alto mar.
O resultado são conflitos cada vez maiores, loucuras de amor que acabam em tragédias, doenças somatizadas, e a psicologia, e ainda mais a psiquiatria agradecem pelo aumento desordenado da clientela.
Mas, o que é preciso fazer pra enfrentar estes conflitos? Como lidar com os imprevistos, os balanços constantes do barco de nossa vida, já em alto mar, de nossa vida familiar tão já integrada e às vezes tão descontrolada, a profissional, ufa! E onde ficam nossos sonhos que ainda não foram realizados?
Enquanto nossos filhos pequenos nos cobram carinho, e nossos adolescentes nos exigem bens materiais diante do consumismo desenfreado do capitalismo, nós nos perdemos e nos esquecemos de nós, abandonamos nossos valores e vamos seguindo atrás de uma multidão como “galho seco” numa inevitável torrente de águas turvas.
Resiliência é o que precisamos. A capacidade de retornar ao estado natural de excelência, superando uma situação crítica. Podemos comparar também à capacidade de o “galho seco” dentro de um rio de corredeiras, continuar inteiro ao chegar lá embaixo, depois de ter sido arremessado tantas vezes sobre rochas, ter a muito custo conseguido sair de um redemoinho e quem sabe chegar verdinho no lago sereno e azul após a turbulência. Missão quase impossível, diríamos. Digo quase porque acredito que nada está perdido e que se o mundo exige de nós elasticidade, temos que arranjá-la a todo custo ou envergamos de vez, porque creio na fé e na capacidade de o ser humano, mesmo passando por tantas dores voltar ao estado normal e ir à frente.
Os meios de comunicação nos mostram alguns exemplos de pessoas que conseguiram o grande feito que eles chamam de “ superação”. O que não mostram é o que acontece no interior de uma pessoa quando isto acontece; que forças interiores movem uma pessoa, interagindo mente físico, emocional e espírito para este milagre do “recomeçar”.
Resiliência é algo, antes de tudo a ser trabalhado e é pena que em nossos bancos de escolas consigamos debater muitas vezes tantas exterioridades e que nossos currículos não constem este trabalho árduo pelo qual precisamos passar para obter esta elasticidade e enfrentar o que vier sem nos quebrar.
Há ditados populares que expressam muito bem isso: Deus dá o frio conforme o cobertor, a ocasião faz o ladrão. Uma vez ouvi dizer que a luta se ganha com a atitude com que se levanta e para se dirigir ao tatame. Ouvi também que nosso maior inimigo somos nós mesmos e temos que vencê-lo. Tenho aprendido a duras provas que a vida é um dia de cada vez. Um amigo muito querido carioca, e há quem diga que os cariocas são acomodados, me ensinou que é preciso contemplar o rio quando se quer tomar uma decisão, quando se quer resolver uma questão até quem sabe do cotidiano. Ao invés de impetuosos, precisamos ser como a água de um rio, que naturalmente vai seguindo o seu curso e quando lhe surgem pedras pelo caminho, as contornam, muitas vezes delicadamente, por outras mais decididamente, criando novas saídas, novos caminhos.
É preciso que construamos a partir de nossas fragilidades, dos acontecimentos que vem sobre nós, o “novo”, uma situação nova, dando a volta por cima, como costumamos dizer, com criatividade, com arte e principalmente com fé.
AMAR, mais que amar!
É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.
Quem sou eu
- Charpèry
- É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.
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