AMAR, mais que amar!

É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.

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É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.

sábado, 12 de março de 2011

ÁGUAS DE MARÇO

Março, águas, chuva da goiaba como dizia meu pai, e tome água, enxurradas seguem como em procissão, ruídos de lamentos, o ventre das águas dando à luz a tecnologia avançada em prol de tanto progresso, mas em desrespeito às águas. ´
Águas límpidas, que resistem brotando de olhos d água, das serras que nascem de grotas barrentas e vão deslizando límpidas, correm suaves em rios calmos onde se podem colocar os pés num relax confortável, voltar à infância, lavar a alma das dores, esvaziar o coração de sentimentos sofríveis.
“São as águas de março fechando o verão; é a promessa de vida no teu coração.” A música de Tom Jobim vem como águas em torrentes, assim vai o ritmo da vida, como enxurradas, fala da pedra que os rios contornam com sabedoria, do nó na madeira, de caminhos difíceis vencidos a custo, do cotidiano.
Há águas em tsunami com ondas gigantes. Assim também é a nossa vida, ora calma, ora em ondas que parecem nos submergir, mas confiantes como o dono de um barco no Japão, em pleno tsunami, vamos dançando em meio a estas águas turbulentas e nos damos conta lá na frente de que as ondas baixaram e somos sobreviventes de situações que nem sequer poderíamos supor em sair vencedores.
Em alguns momentos a música vem como em goteiras de chuva de mineiro, daqueles que mesmo morando em terras paulistas ou cariocas tem o capricho de colocar lá fora, debaixo de suas janelas as latinhas para curtirem, enquanto cochilam, o barulho das goteiras, eta sossego...! uai.
Chuva vai, chuva vem, março vai março vem e o tempo passa e nós vamos repetindo a vida e nossos corações vão se acostumando com as perdas, as dores amenizando.
A letra da música persiste: “É o projeto da casa, É o corpo na cama. É o carro enguiçado. É a lama é a lama.”.
Esperamos a chuva passar pra arrumar o telhado e enquanto está chovendo porque o telhado não pode ser arrumado, vamos resistindo e sonhando com o fim de março pra realizar o projeto. Quem sabe ano que vem as águas de março não mais nos perturbarão, as goteiras de casa não mais existirão.
Arrumando pra sair, lá vem chuva, o jeito é passar demaquilante, colocar pijama, fazer brigadeiro e ficar em casa. É a vida, enquanto chove, brotos de esperança vão nascendo em nossos corações e de nosso interior, com a fé vão nascendo rios de água viva. É a vida, é a vida.


Charpèry

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