Era um girassol, ali plantado grotescamente, quem sabe vindo de uma semente lançada por descuido, mas o fato, é que nascera bem à frente do portal de um jardim quase secreto, que atrás de si foi surgindo, misturando-se a outras flores multicores, minúsculas, frágeis e indefesas.
Virava-se para o astro maior o girassol, ele que dependia do sol para manter-se ali garboso e forte.
E uma vez colhida a claridade e a quentura, parecia irradiá-la ao jardim secreto que se escondia atrás de si; ao mesmo tempo em que sombreava para as minúsculas manifestações de vida, rasteiras flores que se estendiam desde o chão fértil aos seus pés e embrenhavam-se pelas cercas, reverdecendo-as de tal modo que as fechavam criando um refúgio ainda mais acirrado às pérolas mais desgastadas, pedintes de chuva.
Para quem olhava de fora do portão, repleto de musgos, era ele o girassol que ali estava desvendado por um primeiro olhar, mas aos mais ousados, ao abrir-se o portão, dava-se o vislumbre de um celeiro de vida, uma mistura perfeita; era a Primavera desvendada, um mistério que ali se apresentava um convite à mudança, ao novo, ao perdão, a prosseguir na esperança de um mundo melhor.
Por vezes uma sabiá pousava no portão a cantar, num segundo de descanso da lida com os filhotes e logo lhe segredava aos ouvidos: “Lembra-te, meu amigo girassol, que não és só, és um em meio a tantos e embora te pareça ser maior, lá dentro cada um tem seu encanto. Tu és o guardião do jardim secreto, eu a disseminadora de mais sementes”.
Estou contando o que vi, estive eu mesma neste jardim e quando dali saí, descobri que era também Primavera no meu coração!
Charpèry.
AMAR, mais que amar!
É com certeza muito mais sublime amar.É uma escolha nossa. Somos nos que decidimos amar, triste se ao invés de darmos nossa parcela de felicidade para as pessoas ficarmos esperando que elas nos amem, nos entendam, nos procurem, sorriam pra nós. Se voce partilha desta verdade, se voce vê estrelas demais; então este blog é pra voce.
Quem sou eu
- Charpèry
- É um pseudônimo, mas sou eu mesma, porque fala de mim como escritora, amante da arte em todas as sus manifestações, fala de personagens como O Vagabundo de Charles Chaplin que pra mim demonstram a realidade deste mundo, a busca da ternura , ao mesmo tempo a tirania da máquina. Fala de afetividade, sentimento tão esquecido ultimamente, mas tão motivadora pra vida. Sou eu, um pouco de meus amigos, muito de meus familiares. Somos nós.
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
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